terça-feira, 9 de março de 2010

Conversas com a (in)Sônia.

Não. Você não entendeu nada. A madrugada toda tentei explicar desse monstro sentimento adormecido e agora que o sol se infiltra pela cortina e chega ao seu rosto posso enxergar sua expressão: de quem não entendeu nada. Mas tudo bem, meu bem, estou acostumada. Vou tentar de novo, dessa vez tenta prestar mais atenção:
-Fiquei pensando em tudo que o que um dia foi dito. Aquelas promessas que diziam sobre a morte se um dia a vida nos levasse para caminhos diferentes. Aqueles exageros sinceros nos quais nos banhávamos de esperanças tolas enquanto o mundo acabava do lado de fora do quarto. Fiquei pensando então no fim. Senti-me Sofia e a falta de reciprocidade de quando um amor pára ( e o outro continua para além de vista?). Não sei lidar com isso, coração. Por favor, me ajuda. Essa asfixia constante na qual tenho vivido desde que. Preciso aprender a ser mais como você. Ou quiçá preciso aprender a ser menos como eu.
(Silêncio.)
Entendeu?